Ser feliz é a arte mais difícil de ser compreendida e praticada

Para ser feliz é preciso ter este mundo azul na imensidão. É fazer da tristeza as estrelas a mais e do pranto uma canção.
Há um mundo bem melhor... Todo feito pra você... È um mundo pequenino que a ternura fez!

Obras literárias que você deve ler:

  • Amar, verbo intransitivo e Contos Novos de Mário de Andrade
  • Capitães da Areia de Jorge Amado
  • Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis
  • Melhores poemas de Manuel Bandeira
  • Noite na Taverna de Álvares de Azevedo
  • O Primo Basílio de Eça de Queirós
  • Senhora de José de Alencar
  • Triste Fim de Policarpo Quaresma de Lima Barreto

terça-feira, 26 de julho de 2011

ARTE CONTEMPORÂNEA

Como entender o seu sentido?

Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Se levarmos em conta a origem da palavra arte ("ars" significa técnica ou habilidade), é curioso notar que há uma contradição: muitos artistas não expressam suas idéias através de uma habilidade técnica. Apesar de, muitas vezes, possuírem tais habilidades, estão preocupados em discutir outras questões, provocar outras reflexões.


Folha Imagem
"Roda de bicicleta", Marcel Duchamp (1913): não é possível usar o banco ou a roda que compõem essa obra de ate.

Em 1913, momento das vanguardas européias, Marcel Duchamp propôs obras chamadas "ready-made", feitas a partir de objetos do dia-a-dia. O que ele fazia era apresentar esses objetos de forma descontextualizada e sem a possibilidade de serem utilizados. Por exemplo: um mictório no meio de uma sala, sem encanamento.

Com essa "provocação", Duchamp chamou a atenção para a arte produzida naquele momento. Ela não seria mais uma representação do real, como um retrato. Ela seria a própria realidade.

Quem decide o que é obra de arte
O objeto de arte não representa algo, mas ele é algo. Mesmo se o artista não tiver fabricado os elementos que compõem sua obra. Duchamp também questionava o conceito de arte como associado a um ideal de belo e à crítica de arte.

O objetivo da obra de arte, assim, era também promover o debate sobre a definição e a finalidade da arte.

Se não existe uma definição do conceito arte, quem afinal decide o que é obra de arte ou não?

Muitos são os fatores para classificar uma produção como obra de arte: o contexto histórico, o mercado de arte, a aceitação entre os artistas e, principalmente, a crítica.

Crítica de arte
A arte, como resultado de análise e avaliação, pode adquirir novas dimensões e formas de expressão por meio da crítica. Ela colabora para que a sociedade se mantenha atenta aos valores da arte no passado e no presente.

A crítica leva em conta o fato de que a arte é um produto da humanidade que expressa suas experiências e emoções através da linguagem.

A evolução dos conceitos artísticos, a transformação dos valores, são aplicáveis às diferentes formas: a literatura, o teatro, a dança, o cinema, a fotografia, a música e tantas outras que surgem, como a web arte.

Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente

QUER SABER SOBRE O LIVRO "AUTO DA BARCA DO INFERNO?" CONFIRA...
É MUITO LEGAL...

Antes de mais nada, "auto" é uma designação genérica para peça, pequena representação teatral. Originário na Idade Média, tinha de início caráter religioso; depois tornou-se popular, para distração do povo. Foi Gil Vicente (1465-c. 1537) que introduziu esse tipo de teatro em Portugal.

O "Auto da Barca do Inferno" (c. 1517) representa o juízo final católico de forma satírica e com forte apelo moral. O cenário é uma espécie de porto, onde se encontram duas barcas: uma com destino ao inferno, comandada pelo diabo, e a outra, com destino ao paraíso, comandada por um anjo. Ambos os comandantes aguardam os mortos, que são as almas que seguirão ao paraíso ou ao inferno.

Resumo do enredo

Os mortos começam a chegar. Um fidalgo é o primeiro. Ele representa a nobreza, e é condenado ao inferno por seus pecados, tirania e luxúria. O diabo ordena ao fidalgo que embarque. Mas ele, arrogante, julga-se merecedor do paraíso, pois deixou muita gente rezando por ele. Recusado pelo anjo, encaminha-se, frustrado, para a barca do inferno; mas tenta convencer o diabo a deixá-lo a rever sua amada, pois esta "sente muito" sua falta. O diabo destrói seu argumento, afirmando que ela o estava enganando.Um agiota chega a seguir. Ele também é condenado ao inferno por ganância e avareza. Tenta convencer o anjo a ir para o céu, mas não consegue. Também pede ao diabo que o deixe voltar para pegar a riqueza que acumulou, mas é impedido e acaba na barca do inferno.O terceiro indivíduo a chegar é o parvo (um tolo, ingênuo). O diabo tenta convencê-lo a entrar na barca do inferno; quando o parvo descobre qual é o destino dela, vai falar com o anjo. Este, agraciando-o por sua humildade, permite-lhe entrar na barca do céu.

Mais personagens

A alma seguinte é a de um sapateiro, com todos os seus instrumentos de trabalho. Durante sua vida enganou muitas pessoas, e tenta enganar também o diabo. Como não consegue, recorre ao anjo, que o condena como alguém que roubou do povo.O frade é o quinto a chegar... com sua amante. Chega cantarolando. Sente-se ofendido quando o diabo o convida a entrar na barca do inferno, pois, sendo representante religioso, crê que teria perdão. Foi, porém, condenado ao inferno por falso moralismo religioso. Brísida Vaz, feiticeira e alcoviteira, é recebida pelo diabo, que lhe diz que seu o maior bem são "seiscentos virgos postiços". Virgo é hímen, representa a virgindade. Compreendemos que essa mulher prostituiu muitas meninas virgens, e "postiço" nos faz acreditar que enganara seiscentos homens, dizendo que tais meninas eram virgens. Brísida Vaz tenta convencer o anjo a levá-la na barca do céu inutilmente. Ela é condenada por prostituição e feitiçaria.

Judeus e "cristãos novos"

A seguir, é a vez do judeu, que chega acompanhado por um bode. Encaminha-se direto ao diabo, pedindo para embarcar, mas até o diabo recusa-se a levá-lo. Ele tenta subornar o diabo, porém este, com a desculpa de não transportar bodes, o aconselha a procurar outra barca. O judeu fala então com o anjo, porém não consegue aproximar-se dele: é impedido, acusado de não aceitar o cristianismo. Por fim, o diabo aceita levar o judeu e seu bode, mas não dentro de sua barca, e, sim, rebocados. Tal trecho faz-nos pensar em preconceito anti-semita. É necessário entender, porém, que durante o reinado de dom Manuel, de 1495-1521, muitos judeus foram expulsos de Portugal, e os que ficaram, tiveram que se converter ao cristianismo, sendo perseguidos e chamados de "cristãos novos". Ou seja, Gil Vicente segue, nesta obra, o espírito da época.

Representantes do judiciário

O corregedor e o procurador, representantes do judiciário, chegam, a seguir, trazendo livros e processos. Quando convidados pelo diabo para embarcarem, começam a tecer suas defesas e encaminham-se ao anjo. Na barca do céu, o anjo os impede de entrar: são condenados à barca do inferno por manipularem a justiça em benefício próprio. Ambos farão companhia à Brísida Vaz, revelando certa familiaridade com a cafetina - o que nos faz crer em trocas de serviços entre eles e ela...O próximo a chegar é o enforcado, que acredita ter perdão para seus pecados, pois em vida foi julgado e enforcado. Mas também é condenado a ir ao inferno por corrupção.Por fim, chegam à barca quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o cristianismo. Estes são recebidos pelo anjo e perdoados imediatamente.

O bem e o mal

Como você percebeu, todos os personagens que têm como destino o inferno possuem algumas características comuns, chegam trazendo consigo objetos terrenos, representando seu apego à vida; por isso, tentam voltar. E os personagens a quem se oferece o céu são cristãos e puros. Você pode perceber que o mundo aqui ironizado pelo autor é maniqueísta: o bem e o mal; o bom e o ruim são metades de um mundo moral simplificado.

Características

O "Auto da Barca do Inferno" faz parte de uma trilogia (Autos da Barca "da Glória", "do Inferno" e "do Purgatório"). Escrito em versos de sete sílabas poéticas, possui apenas um ato, dividido em várias cenas. A linguagem entre os personagens é coloquial - e é através das falas que podemos classificar a condição social de cada um dos personagens.

Valores de duas épocas

Escrita na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a obra oscila entre os seus valores morais de duas épocas: ao mesmo tempo que há um severa crítica à sociedade, típica da Idade Moderna, a obra também está religiosamente voltada para a figura de Deus, o que é uma característica medieval.A sátira social é implacável e coloca em prática um lema, que é "rindo, corrigem-se os defeitos da sociedade". A obra tem, portanto, valor educativo muito forte. A sátira vicentina serve para nos mostrar, tocando nas feridas sociais de seu tempo, que havia um mundo melhor, em que todos eram melhores. Mas é um mundo perdido, infelizmente. Ou seja, a mensagem final, por trás dos risos, é um tanto pessimista.

O fim da era dos ônibus espaciais - José Renato Salatiel*

Leia e comprove a novidade!...

Direto ao ponto volta ao topo
O lançamento do ônibus espacial Atlantis, em 8 de julho, foi o último do programa de ônibus espaciais da NASA, a agência espacial americana. A nave levou quatro astronautas para uma missão de 12 dias na ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês).

O programa dos ônibus espaciais substituiu o projeto Apollo, que levou o homem à Lua, há 30 anos. As naves conhecidas como "shuttles" foram concebidas pela NASA como as primeiras reutilizáveis, econômicas e seguras.

O primeiro ônibus espacial, o Columbia, foi lançado em 12 de abril de 1981. Em três décadas, foram realizadas 135 missões em cinco naves: Columbia, Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavour. Entre os feitos mais importantes está a colocação em órbita do Telescópio Espacial Hubble e a construção da Estação Espacial Internacional.

O motivo do cancelamento do programa foi o alto custo das missões e duas tragédias que mataram 14 astronautas: a explosão da Challenger no lançamento, em 28 de janeiro de 1986, e o desastre com a Columbia, que se desintegrou ao reentrar na atmosfera terrestre em 1o de fevereiro de 2003.


Saiba mais

  • Atlas do Espaço (Martins Fontes): livro didático de Nigel Henbest com informações básicas sobre astrofísica.
  • A História dos Ônibus Espaciais (DVD): coleção que conta a história das conquistas e tragédias das três décadas do programa de ônibus espacial americano.
*José Renato Salatiel é jornalista e professor universitário.

Feliz Retorno das férias! Sejam bem-vindos ao segundo semestre!

Bom retorno das férias!

Queridos alunos!

Espero que este retorno traga muitos momentos felizes e prazerosos a vocês e a todas às pessoas amigas. Agora o tempo passará com uma velocidade assustadora. Aproveitem bem os dias para estudar e fazer o que há de mais proveitoso. Beijos crocantes e achocolatados da professora Eliane.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mais ... Que horror... Não dá para acreditar. Ou dá?

Maltratando a Língua

Esta seção contém diversas imagens enviadas por usuários do Só Português. As fotos apresentam erros de ortografia e aparecem, em sua maioria, em anúncios e placas de todo o Brasil. Abaixo de cada imagem, não deixe de observar a grafia correta das palavras.

Vendo uma cama de solteiro.

Estacionamento

Estacionamento.

Armário de Aço, Freezer

Armário de Aço. Liquidificador. Ar condicionado. Freezer.

Teu problema é amor, perseguição...

Teu problema é amor, perseguição, inveja, perturbação espiritual, saúde. Diariamente das 8h às 21h


é sempre bom saber um pouco mais...

Qual é o Gênero?

À exceção dos seres sexualmente diferenciados, o gênero de alguns substantivos fixa-se ao longo da evolução histórica de cada língua. Assim, não raro um mesmo substantivo difere, quanto ao gênero, de uma língua para outra. Existem palavras que possuem gênero ambíguo, a elas se aplicando tanto o masculino como o feminino. Há nomes que são chamados comuns de dois, por se aplicarem a ambos os sexos. Diante das variações possíveis, o gênero de algumas palavras costuma provocar discussões. Veja a seguir as dúvidas mais frequentes:

O guaraná ou a guaraná? O refrigerante, feito de um fruto da Amazônia, possui gênero masculino, da mesma forma que o fruto. Fala-se erradamente em ‘a guaraná’, por analogia a outros refrigerantes (como a Coca, Pepsi, etc.).

Por Exemplo: Vamos beber um guaraná.

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O aguardente ou a aguardente? É substantivo degênero feminino.

Por Exemplo: Esta aguardente é a melhor que encontramos no mercado.

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O gambá ou a gambá? Tanto faz. As duas formas são corretas.

Por Exemplo: A gambá é um animal mamífero.

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O pernoite ou a pernoite? É substantivo de gênero masculino.

Por Exemplo: O pernoite nesta pousada está um pouco caro.

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O sabiá ou a sabiá? Tanto faz. As duas formas são corretas.

Por Exemplo: O canto da sabiá é muito conhecido.

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O laringe ou a laringe? Tanto faz. As duas formas são corretas.

Por Exemplo: O laringe evita a penetração de alimento na traqueia.

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O diabete ou a diabete? As duas formas são aceitas. Em alguns casos, usa-se diabetes, que apesar do "s" final, trata-se de um vocábulo no singular. Assim, tem-se: o diabete, a diabete, o diabetes ou a diabetes.

Por Exemplo: Na aula de biologia, estudaremos o diabete.

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O fênix ou a fênix? É substantivo de gênero feminino.

Por Exemplo: A ave fênix, segundo a tradição egípcia, renascia das próprias cinzas.

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Não maltrate o nosso idioma... É um crime...

Maltratando a Língua

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Alfabetização.

Tapioca. Feita na hora. Quem não pediu, peça. Quebra-queixo.

Self-service (inglês).

Ceará. Siamês.