Ministro considera baixo o número de pessoas prejudicadas no Enem
De acordo com Haddad, o Inep ainda investiga o número exato de candidatos prejudicados, mas que, até a tarde desta segunda, o número de casos estava abaixo da estimativa inicial de 2.000 estudantes. O MEC disse que, até agora, identificou apenas uma escola inteira em Sergipe que não conseguiu trocar as provas com questõesrepetidas ou faltando, além de outros casos, isolados, em todo o país.
Ele afirmou que, na maior parte dos casos, os estudantes que receberam provas com defeito conseguiram trocar as provas. Ele afirma que havia um grande número de provas sobressalentes e também várias provas sobrando, já que a abstenção foi de de 29%.
"Feito o balanço dos estudantes que não tiveram a prova trocada, a vantagem do Enem é que ele poderá fazer a prova depois sem prejuízo", disse. Haddad afirmou que estão avaliando caso a caso, e que "100% dos estudantes serão contemplados". Ele disse que ainda não foi definida a data da eventual prova.
Haddad também citou que o problema nas provas foi assumido pela gráfica RR Donnelley e que, caso haja nova prova, o custo de impressão será bancado pela empresa.
SUSPENSÃO
Sobre a suspensão da prova, determinada pela Justiça Federal do Ceará, o ministro disse que a consultoria jurídica do MEC tentaria reverter a decisão. Os advogados vão prestar esclarecimentos sobre a metodologia do Enem, e, caso não convençam a juíza, vão recorrer da decisão.
Haddad disse que outras liminares (decisão provisórias) já tentaram suspender o Enem no passado, mas que em todas as ocasiões as decisões foram revistas. O ministro disse ainda que a consultoria jurídica avalia se, caso a suspensão seja mantida, existe problema em colocar no ar o sistema para que o aluno indique como preencheu o cartão de respostas da prova. A previsão é que o sistema esteja funcionando até quarta-feira pelo site do Inep (www.inep.gov.br).
Haddad defendeu que o Enem é "absolutamente sustentável" sob o ponto de vista técnico e disse que não cogita marcar um novo exame.
RESPONSABILIDADE
Outro erro comentado pelo minsitro foi o do cabeçalho da folha de respostas, que tinha o espaço para o gabarito das questões de ciências da natureza incorretamente identificado como de ciências humanas.
Ele disse que será aberto um procedimento administrativo para investigar aresponsabilidade de algum funcionário do Inep na autorização da impressão errada. O funcionário pode não ter dado conta de que os cabeçalhos estavam trocados pois, no ano passado, as questões tiveram ordem diferentes da deste ano. "Houve a inobservância na portaria que regulamenta o Enem", disse o ministro, sem especificar quem deixou de prestar atenção.
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